Após a sexta rodada de negociações o Sindicato dos Mineradores de Brumado e Microrregião não chegaram a um consenso e agora se partirá para um planejamento mais impactante para que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos, já que a empresa está se mostrando totalmente inflexível.
Tida como um referencial negativo pelo Sindicato a Magnesita S.A realmente vem se mostrando irredutível e não abre mão de liberar os direitos mais prioritários dos seus empregados.
A proposta oferecida pela empresa representa apenas 0,5% de aumento real, quando a média de todo o mercado gira em torno de 1,8%, então o Sindicato tem que se manter firme, pois o aumento oferecido é muito inferior o que a empresa pode oferecer, não é questão de radicalismo, é questão de coerência, pois as projeções para esse ano são as mais positivas possíveis.
O presidente do Sindimine, Édio Pereira, reafirma que “o Sindicato buscou a exaustão sentar à mesa das reuniões disposto a chegar a um consenso, mas, infelizmente, a empresa não quis acordo e foi irredutível, sempre apelando para a crise, que todos sabem que nem existe mais, o que existe é uma forte retomada da produção. Nos debruçamos na busca de manter um diálogo produtivo com a empresa, fizemos a nossa parte, mas, agora teremos que partir para outras vias”.
Ele ainda faz questão de demonstrar, através de dados concretos, como a empresa está negligenciado os direitos dos seus funcionários. “O único avanço que obtivemos foi um aumento de mais R$ 07,00 no ticket alimentação, antes eles tinham oferecido apenas R$ 03,00, o que pode ser considerado um desrespeito com a categoria. Esse foi o único ponto que avançamos após seis exaustivas reuniões, o que temos que lamentar profundamente, porque não existe boa vontade de seus proprietários para chegarmos a um acordo, aonde todos pudessem sair satisfeitos”.
Como não houve consenso o próximo passo que será tomado pelo Sindicato vai ser se dirigir a DRT – Delegacia Regional do Trabalho, tanto que já foi marcada uma reunião com o seu representante Dr. Ramos Filadelfo, para a próxima segunda-feira (11) no escritório de Vitória da Conquista.
O vice-presidente do Sindimine, José Santana de Andrade acredita que “agora esperamos que a Magnesita venha a ceder e mudar essa sua postura tão radical. O Sindicato vem buscando uma linha de harmonia com a empresa, mas ela se mantém fechada para o diálogo”. Ele finaliza dizendo “que os empregados da Magnesita continuem acreditando na força do Sindicato, pois jamais desistiremos de lutar pelos seus direitos”.