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29
Nov

Discussão sobre o fator previdenciário é adiada

Discussão sobre o fator previdenciário é adiada

Líderes partidários podem se reunir com o governo, na próxima semana, para discutir o fim do fator previdenciário (PL 3299/08). O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), reafirmou que a intenção do Planalto é não votar a matéria, mas vai pedir que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ouça os líderes sobre o tema.

"Eu não posso dizer que vai haver negociação. Tem uma pressão para que seja votado. Nós respeitamos todos interlocutores, tanto aposentados, como sindicalistas. Agora, a posição do governo é que não deva ser votado, mas me comprometi a buscar a ministra Ideli para que se estabeleça algum grau de contato da ministra com os líderes da base."


Partidos da base, como o PTB, o PDT e o PR apoiam o fim do fator e prometem obstruir as votações na Câmara, caso o projeto não seja votado.

Nesta quarta-feira, aposentados e sindicalistas lotaram os corredores da Câmara para novas manifestações pela votação da proposta que cria uma fórmula alternativa ao fator previdenciário. Pelo texto, as aposentadorias não seriam reduzidas se a idade ao se aposentar somada ao tempo de contribuição resultar em 85 anos no caso das mulheres e 95 no caso dos homens.

O governo teme, no entanto, que ações na Justiça obriguem o pagamento integral aos aposentados que tiveram desde o ano 2000 o benefício reduzido pelo fator.

Luta pela extinção

Representantes da CTB estiveram em Brasília nesta semana para reforçar a posição da Central contra o fator previdenciário, além de pressionar os deputados e o governo federal a colocar o tema em votação no congresso Nacional.

Para a CTB, o fator é uma injustiça histórica perpetrada contra a classe trabalhadora, parte da herança maldita deixada pelo neoliberalismo que sobrevive em função da política fiscal conservadora mantida e de certa forma aprofundada pelo atual governo, que também reduziu as receitas previdenciárias para saciar os interesses do empresariado relativos à desoneração da folha. Não é admissível que os interesses dos trabalhadores continuem sendo sacrificados em nome da estabilidade econômica e do desenvolvimento nacional.

Em documento divulgado nesta semana, a CTB destacou a necessidade de se manter a unidade das centrais sindicais e reforçou seu apoio ao fim do fator. “A CTB e as centrais sindicais não vão abrir mão da luta pela reparação desta injustiça histórica e desde já devem mobilizar suas bases em apoio à votação do tema e contra a possibilidade de veto presidencial”, dizia o texto.

Com informações da Agência Câmara

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