Através da Medida Provisória 579, editada recentemente, a presidenta Dilma determinou a redução dos preços de energia elétrica para empresas e residências a partir de 2013, mas a iniciativa esbarra na oposição dos governos tucanos em São Paulo, Minas e Paraná, bem como da bancada do PSDB, DEM e PPS no Congresso Nacional. A direita neoliberal usa o pretexto de que a MP compromete a receita desses estados para evitar que a redução da tarifa seja efetivada, prejudicando com isto os interesses do povo e o desenvolvimento nacional, além de buscar, adicionalmente, a desestabilização do ciclo de mudanças iniciado por Lula e conduzido agora por Dilma.
Em setembro, quando a presidenta anunciou a medida, a CTB divulgou nota apoiando e enaltecendo o gesto. O documento assinala que a redução do preço da energia, em cerca de 20%, ajuda a melhorar a vida do povo e estimula duplamente a economia, liberando mais dinheiro para o consumo e diminuindo os custos de produção da indústria, que ganha mais fôlego e espaço para ampliar os investimentos e crescer. Desta forma, a MP certamente ajuda a contornar os ricos de desindustrialização.
Na atual conjuntura, a manutenção do emprego e a valorização dos salários são objetivos da classe trabalhadora brasileira que se revelam essenciais no combate aos efeitos da crise mundial do capitalismo (agravada na Europa precisamente pelos pacotes antissociais do FMI) e na luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho, na democracia e na soberania.
Por tudo isto, a CTB reitera seu apoio e solidariedade à presidenta Dilma na luta pela redução das tarifas energéticas e denuncia à classe trabalhadora e à opinião pública o caráter demagógico, antipopular e antipatriótico da sabotagem promovida pela oposição neoliberal.
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil