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Os empregados da Indústrias Nucleares do Brasil S/A – INB, através dos seus representantes sindicais signatários do Acordo Coletivo de Trabalho, repudia com veemência as nomeações para as funções de Gestão processadas pelo Presidente AQUILINO SENRA MARTINEZ.

O Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação no ato da posse dessa diretoria deixou claro que estava empossando os novos diretores para reverter à caótica administração da INB. Em entrevista ao Jornal O Globo o Prof. Aquilino informou que para obter sucesso nessa empreitada para reverter a má gestão a valorização dos Recursos Humanos da INB é imprescindível. Em recente entrevista publicada no site INB ON LINE o Prof. Aquilino volta afirmar que “A força da INB está no seu corpo social” e diz ainda que considerada inaceitável a importação de urânio, haja vista que o Brasil possui a 6º reserva mundial desse minério.

Com as nomeações processadas até o momento, fica claro que o compromisso com a INB e os objetivos estratégicos do Brasil é nenhum. As nomeações foram de caráter pessoal e puro empreguismo em detrimento dos técnicos concursados e especializados na área nuclear. Esses nomeados tem remuneração que pode chegar até R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), por mês. Vejamos as nomeações:

Luiz Barroso Magno Junior para a função de Superintendente de Produção Mineral, oriundo da iniciativa privada, para supervisionar, do Rio de Janeiro, a produção de concentrado de urânio em Caetité – BA, cidade esta que fica a 1.800 km da Sede da INB. Como pode uma pessoa gerenciar à distância uma mineração com liderança local ineficiente e problemática, inclusive conflituosa com a sociedade local sem sair do seu gabinete na Barra da Tijuca.

Washington Rondon Caiado, parente do Deputado Federal do Partido Democrático - DEM Ronaldo Caiado para a função de Gerente de Suprimentos. O Sr. Caiado foi DEMITIDO DA INB em 2003, ajuizando reclamação trabalhista pleiteando direitos trabalhistas já pagos e indevidos, logrando êxito na reclamação pela inconsistência da defesa da Consultoria Jurídica da INB.  O Sr. Caiado recebeu uma indenização nada desprezível.

Robson Sidney da Silva Nunes para a função de Assessor do Diretor de Recursos Minerais, ex-empregado da INB DEMITIDO em 2008. No período em que trabalhou na INB não exerceu nenhuma função na área de mineração e sim na área administrativa não deixando saudades e legado, muito pelo contrário.

Carlyle de Araújo Dantas para a função de Assessor do Diretor de Recursos Minerais, lotado na mina desativada que se encontra em processo de descomissionamento, em Caldas – MG. Essa nomeação dá a perfeita conotação de puro empreguismo, pois o Assessor faz jus ao adicional de periculosidade de 30% sobre a remuneração e 7% de hora in-itinere.

Reginaldo da Silva Moreira indicação do Deputado Federal do PSB Alexandre Cardoso para a função de Assistente do Diretor de Finanças e Administração. Ele faz parte do grupo dos amigos do Alexandre Cardoso nomeados junto com o ex- Diretor de Finanças e Administração, em 2004.

Senhor Presidente, com essas desastrosas nomeações aliadas com as alterações processadas na estrutura orgânica da Diretoria de Recursos Minerais, substituindo técnicos capazes e mantendo a estrutura gerencial da unidade de Caetité, que por incompetência técnica vem diminuindo a produção de concentrado de urânio ao longo da sua gestão. Com esse cenário podemos afirmar sem ser levianos que não teremos urânio suficiente para as próximas recargas de Angra 1, 2 e 3. Em breve voltaremos a importar concentrado de urânio.

Nós empregados estamos sem perspectivas profissionais, desmotivados e abalados com esses absurdos. O Diretor da área mineral por estar míope só consegue enxergar o seu fiel escudeiro que tem, também, influência política nas outras diretorias.

Senhor Presidente, ressaltamos que existe cláusula no acordo coletivo de trabalho e acordo tácito com a diretoria sobre nomeações de pessoas não concursadas para função de gestão e confiança. Como o senhor vai implementar uma gestão profissional como apregoa na entrevista ou é tudo uma grande falácia.

Esperamos que esses nomeados sem concurso público, sintam-se constrangidos e abreviem suas permanências na Indústrias Nucleares do Brasil.  

INTERSINDICAL DA INB