“Lutar, lutar para o Fator acabar” esta foi uma das palavras de ordem ditas por milhares de manifestantes que saíram às ruas do centro de São Paulo na manhã de terça-feira (12) para reivindicar o fim do Fator Previdenciário, que reduz o valor do benefício para os trabalhadores gerando uma perda salarial que pode superar os 40%.
Os protestos aconteceram em todos os estados brasileiros para retomar as negociações pelo fim desta medida. As manifestações foram convocadas pelas centrais: CTB, CUT, CGTB, FS, NCST e UGT.
Na capital paulista, os manifestantes concentraram-se na Praça da Sé e seguiram em caminhada pelo centro da cidade até chegar em frente à Superintendência Regional do INSS, localizado no viaduto Santa Ifigênia, onde ocorreu o ato político.
O secretário de Previdência e Aposentados da CTB, Pascoal Carneiro, denunciou que a previdência é injusta, pois quem contribui não recebe o benefício. “O salário fica retido ao Caixa na União”, denunciou. Neste mesmo tom o presidente da CTB São Paulo, Onofre Gonçalves, destacou que a população vai continuar mobilizada até que suas reivindicações sejam atendidas “a unidade das centrais fará com que o governo atenda aos trabalhadores”.
Na opinião do presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, a pauta da classe trabalhadora não está sendo ouvida pelo governo Dilma. “O Fator é uma herança perversa do neoliberalismo tucano, criado como uma medida do Fernando Henrique Cardoso em 1999 com o intuito de pracarizar as relações de trabalho e instituir um mecanismo que é um verdadeiro assalto ao bolso do trabalhador”, criticou.
Ele aproveitou a oportunidade para convocar para o ato que ocorrerá em Brasília no próximo dia 26, data em que ocorre a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Com o lema “Mais desenvolvimento, menos juros”, o ato pretende mobilizar cerca de 10 mil pessoas. “Não podemos conceber essa postura do governo que favorece o capital especulativo”, declarou Adilson.
Portal CTB