Na próxima quarta-feira (4), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) vai votar o pedido de habeas corpus (HC) de Lula, atos em defesa da inocência e da liberdade do ex-presidente ocorrerão em diversas cidades do Brasil. Em São Bernardo do Campo, em frente ao prédio onde Lula mora, militantes organizam uma vigília nesta terça-feira (3), a partir das 14h. Em Brasília, na capital federal, a militância da CUT e de movimentos populares se concentrará a partir das 12h, na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes. Os ruralistas marcaram ato para a mesma data contra o pagamento retroativo da taxa do Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural), julgada constitucional pelo STF no ano passado. Eles pretendem reunir 5 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional e parte dos produtores rurais quer chegar à cavalo ou até mesmo com tratores em Brasília. Para a CUT e os movimentos populares, assim como para centenas de juristas, Lula é inocente e não há nenhuma prova para sustentar as acusações baseadas em convicções do juiz Sérgio Moro e de outros setores do judiciário que adotaram clara postura partidária durante todo o processo. “A condenação do ex-presidente Lula é política, sem nenhuma prova. O presidente é inocente e todos sabem disso. Eles só querem impedir Lula de se candidatar nas eleições deste ano", afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas. Em São Paulo e Salvador, a CUT, junto aos demais movimentos populares e partidos políticos que compõem a Frente Brasil Popular (FBP), realizará panfletagens que sairão dos bairros periféricos até os centros comerciais. As ações têm o objetivo de dialogar com a população para fazer chegar a verdade sobre o julgamento político de Lula. Os movimentos populares e as lideranças políticas irão esclarecer, por meio do contato direto com o povo, que Lula não é o verdadeiro dono do tríplex, como a versão da grande imprensa e de setores do judiciário tenta vender.