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10
Dez

Mineradores rejeitam pela segunda vez proposta da Magnesita

Mineradores rejeitam pela segunda vez proposta da Magnesita






















Assessoria de Comunicação
Sindmineradores

Reunidos em assembléia geral extraordinária na noite de ontem (09), 149 mineradores  rejeitaram, por  138 votos contra, 8 favoráveis e 3 abstenções, mais uma vez, a proposta da empresa para renovação do ACT 2010/2011.

A proposta rejeitada garantia um reajuste salarial de 6,5%, retroativo a 1º de outubro, sendo 4,68% referente ao INPC do período e mais 1,73% de aumento real; correção do ticket alimentação dos atuais R$ 75,00 para R$ 90,00; participação dos empregados nos lucros e resultados da empresa de 1,4 salários nominais, a ser pago até o final do mês de maio de 2011 e R$ 806,00 de ajuda para manutenção do gabinete odontológico da entidade.

Durante a assembléia o presidente da entidade, José Santana de Andrade, fez uma exposição da situação dos empregados, cujo nível de insatisfação aumenta a cada dia em função do descaso que a empresa tem tratado as reivindicações durante a campanha salarial. A data-base da categoria é 1º de outubro e já estamos em dezembro e a empresa ainda não apresentou uma proposta aceitável para os trabalhadores.

O vice-presidente do Sindmineradores, Édio Pereira, lembrou que a Magnesita fechou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 70,7 milhões, ante a um resultado negativo de R$ 49,7 milhões nos primeiros nove meses de 2009, e mesmo assim a empresa não apresentou uma proposta de reajuste que fosse factível e defensável junto aos trabalhadores, chegando ao cúmulo do absurdo de não está pagando nem as horas extras feitas desde o mês de agosto.

Para o presidente da entidade, embora a proposta que fora rejeitada apresentasse certo avanço em relação ás propostas anteriores não dava para defendê – la vez que o percentual de aumento real – 1,73% - está bem abaixo da média praticada a nível nacional que é de 3,2%, estando abaixo inclusive do que fora concedido pelas outras empresas locais; a não garantia do pagamento das horas extras dos meses de agosto e outubro, além disso, a Magnesita não quis avançar em relação a participação dos empregados nos lucros, cuja proposta é a mesma praticada no ano passado, ou seja, 1,4 salários, não obstante o substancial aumento dos seus lucros em 2010, se comparados com  o de 2009.

Com a reprovação da proposta os trabalhadores estabeleceram um prazo até a próxima quarta-feira (15), para que a empresa apresente uma nova proposta que contemple os anseios de todos os seus colaboradores e, caso isso não aconteça, a partir da próxima quinta-feira (16), os trabalhadores começarão  os atrasos e paralisações relâmpagos em conjunto com os refrataristas de Contagem, cujas reivindicações também não foram atendidas pela empresa.

O objetivo das paralisações é para forçar a empresa à atender as reivindicações, vez que o nível de insatisfação dos empregados com a postura da empresa é muito grande como demonstrado após a reprovação da proposta onde os funcionários comemoraram com muito entusiasmo.

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