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28
Jan

Após reunião com as centrais, governo adia definição do salário mínimo para fevereiro

Após reunião com as centrais, governo adia definição do salário mínimo para fevereiro












A CTB e as demais centrais sindicais do país foram recebidas em Brasília nesta quarta-feira (26) pelo secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para tratar do reajuste do salário mínimo para 2011, mas ao final da reunião não houve qualquer tipo de avanço nas discussões. Ficou acertado apenas um novo encontro para o dia 2 de fevereiro, quando o governo deverá apresentar uma proposta formal para avaliação dos sindicalistas.

Além de Gilberto Carvalho, também representaram o governo federal na reunião o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Segundo o presidente da CTB, Wagner Gomes, o encontro foi abaixo das expectativas. “Nós esperávamos que os ministros já viessem para a reunião com uma proposta de reajuste, mas isso só vai acontecer no dia 2”, lamentou.

No início da reunião, os sindicalistas expuseram suas críticas pontuais ao governo da presidente Dilma Rousseff, com ênfase no recente aumento da taxa de juros e no pouco diálogo mantido até agora com o movimento sindical do país. Além de Wagner Gomes, também representaram a CTB no encontro o secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da Central, Joílson Cardoso, e o vice-presidente Vicente Selistre, atualmente no cargo de deputado federal.

Além de um valor maior para o salário mínimo, compatível com a política de valorização iniciada durante o governo Lula, Wagner Gomes destacou que as centrais também expuseram seu posicionamento sobre a correção da tabela do Imposto de Renda e o reajuste digno para os aposentados e pensionistas com rendimentos superiores ao SM.

O presidente da CTB disse que os sindicalistas foram claros: além do reajuste do mínimo para R$ 580,00, eles defendem a correção da tabela do IR baseada na inflação medida em 2010, de 6,46%, e um aumento de 10% para as aposentadorias. “Colocamos na mesa o que pretendemos fazer caso não haja acordo com o governo: iremos batalhar por nossas reivindicações no Congresso, onde certamente teremos condições de conseguir reajustes mais justos”, disse.

Segundo Gilberto Carvalho, após a conversa com as centrais, ele deverá se reunir com a presidente para definir a proposta que será apresentada em 2 de fevereiro. A Medida Provisória que trata do salário mínimo está na pauta que o Congresso Nacional encontrará para votar quando retornar aos trabalhos legislativos, no próximo dia 2 de fevereiro, mesma data em que os ministros voltarão a se encontrar com os sindicalistas.

Fernando Damasceno – Portal CTB

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